domingo, 31 de mayo de 2009

Amor é isso.

Janeiro 24, 2009 — Texto da Jandira

Nada melhor que uma amizade sincera e limpa para afagar a alma da gente. Nas últimas duas semanas tive a companhia do meu amigo Gildo, que é o meu amor, irmão, namorado, marido, pai, filho, que também é mãe, irmã, amiga, companheira, amada, amante, tudo isso junto numa só pessoa. Hoje ele voltou para casa, em Brasília, e me deixou um recadinho. É que ontem estávamos contabilizando quantos presentes ele já me deu e quantos eu já dei a ele. Dele ganhei tapete, quadro, copos, porta-copos, cachecóis, adorno, enfeite, roupa, massagem, cuidado, carinho, livro, make up, produção para sair, apoio para enfrentar desafios, colo para curar desilusões amorosas… um monte de coisas. E não conseguíamos lembrar, ontem às 2 da madrugada, os presentes que eu havia dado a ele. Olha só o que ele lembrou hoje, antes de ir.

Ah… Witney sou eu, apesar da minha juventude. Hehe…

viernes, 29 de mayo de 2009

Marc Chagall (Vitebsk, Bielorrússia, 7 de julho de 1887 — Saint-Paul de Vence, França, 28 de março de 1985)

Não sou tão má como disseram por aí...

Andei pelos cantos...
Recostado igual cabo de vassoura.
Pisando em alfinetes nas madrugadas.
Esperando que alguém me faça um chá...
Ledo engano esse de esperar a paixão furtiva, se é furtiva ora, passará...ê saudade que dá e passa, como a dor, que assim, sem querer se instala em nosso peito.
Essa é mais amarga, sorrateira. Entra sem ter permissão, cava espaço, encosta no teu ego, conversa com ele e pouco a pouco te deprime, dizendo que você não é nada, que a vida é só isso mesmo...
Que os pássaros se chocam com as vidraças, que as coisas do banheiro saltam sem explicação plausível e renomada, assim como a confiança que a gente perde e nunca mais acha...
Por falar em coisas que se perdem, tenho sentido que me perdi de mim mesmo, por acaso se alguém encontrar "mim mesmo", avise-o que preciso ter um conversa muito séria com ele...
Fugidio como a luz cambaleante de uma vela ao vento e na escuridão ou rápido como a desilusão ou seria talvez a dor de ser enganado depois de pensar que encontrou o amor...
E assim a vida segue, os anos passam e você pensa que está fora de si, quando na verdade você nunca esteve em parte alguma...
Lembrei de um poema que diz: "Tenho medo de entrar dentro de mim e nunca mais me encontrar", Sabem de quem é, meu...
Pergunto: Se eu não entrar em mim, como caralho voador vou permitir que outros entrem?
Taí, solidão é algo de fato opcional, pode-se estar sozinho em um mar de rostos...
E a culpa de tudo isso é dela...
Minha melhor amiga que anda me traindo...
Enquanto a única coisa que vai passando a mão em mim é o tempo.
A minha MENTE tenta me convencer que ela não é tão má como disseram por aí...
Vai saber ou acreditar...
O certo é que ele vem pra todos...
Ele quem?
O tempo.
Que tudo cura, tudo destrói, tudo apaga, tudo dá e tudo tira...
Termino assim sem nexo, citando algo que li na última madrugada.
Que de fato me consome tempo e pra mim é o próprio tempo.
Eu olho a árvore e a árvore me olha, ela quer me dizer algo, me aproximo e encosto meu ouvido mouco no seu tronco envelhecido...
Ela diz:
"Eu sou a madeira do teu berço, a madeira da tua enxada, a madeira do teu cajado e serei a madeira do teu caixão"...

miércoles, 27 de mayo de 2009

Romã

Lara Flinn Boyle


Mesmo sabendo nunca pensamos e se pensamos, tentamos disfarçar...
Eu descobri que vou morrer...
Descobri com um tom espantado de mim mesmo.
Vou morrer um dia...
Então não devo ter mais medo da vida...

Tenho todos os direitos,
Inclusive o de ser feliz...
O de me arriscar em tudo.

Hoje eu queria ser fresca e bela como uma romã.
Mas acontece que sou ontem...

Não quero...
Mas as vezes acordo...
E pareço-me com um desmaio...

Sem sangue...
Sem cor...
Sem vivacidade de alma...

E quando eu morrer, vou sentir tanta saudade de mim mesmo...

martes, 26 de mayo de 2009

Déjà vu

Eu já vi
Déjà vu
Deixa ver
Eu a ti

Pareço com você
Que parece eu
Há muito tempo
Tento a gente

Combinar
Penicilina e dor
Janela e cantador
Cor e cortina

Me anima
Me ensina
A não bater na quina
Andar na corda bamba
Saber virar na esquina

O amor as vezes não cura!!!

Marc Chagall (Vitebsk, Bielorrússia, 7 de julho de 1887 — Saint-Paul de Vence, França, 28 de março de 1985)

Procurando um beijo a meia noite!!!

Estúpida razão,
Fria,
Morta,
Calculista.

Espera de redes,
Encanto,
Solidão.

Não sou eu quem te procura no meio da noite.
Não sou eu quem chora e ninguém ouve.
Não sou eu quem não acredita mais no amor.
Não sou eu quem penso em te beijar.
Não sou eu quem te espera como recompensa de meu penar.
Não sou eu quem nem sabe mas ser eu.
Nem sou mais eu quem escreve...
Versos soltos.
Sem sentido...
Sem paixão...

Ouço a mesma música enlouquecedora...

Bom dia tristeza...
Que tarde tristeza...
Você veio hoje me ver...
Já estava ficando...
Até meio triste...
Com saudades de você...

Meu amor...
Se eu disser que não te quero ter...
Acredita em mim e parte...
Sem dizer adeus...
Sem lágrima no olhar...

As lágrimas são minhas...

Pois é de lágrima que eu faço o meu mar pra navegar...

sábado, 23 de mayo de 2009

Amedeo Clemente Modigliani (Livorno, 12 de Julho de 1884 — Paris, 24 de Janeiro de 1920)

Apague a porta e feche a luz meu amor...

Graças a deus que estou louco.
Meu coração estourou como uma bomba.
Que tudo quanto me dei voltou em lixo.
Sossega, coração inútil, sossega!
Sossega porque não há o que esperar.
E por isso, nada que desesperar também...
Adiemos tudo até que a morte chegue...
Ou a limitadora velhice.
Mas eu, em cuja alma se reflete as forças do universo,
Em cuja a reflexão emotiva e sacudida,
Minuto a minuto, emoção a emoção,
Coisas absurdas sucedem dentro de mim...
Eu o foco inútil de todas as realidades...
Eu o fantasma nascido de todas as sensações...
Eu o abstrato, o projetado pra fora de mim mesmo...
Olhos cegos do entardecer...
Lembro-me mas esqueço.
Tenho vontade de vomitar, vomitar a mim mesmo...
Tenho uma náusea, se eu pudesse comer o universo para em seguida vomitá-lo, eu o comeria...

Apague a porta...
Feche a luz...
É tudo que eu posso te dizer nesse momento...

jueves, 21 de mayo de 2009

Serenata Suburbana

Levo a vida em serenatas,
somente a cantar.
Quem não me conhece
tem a impressão
de que sou tão feliz.
Mas não é isso não.
Se eu canto em serenatas
é para não chorar.

Ninguém sabe a dor que eu sinto,
dentro de mim.
Ninguém sabe porque vivo,
tão triste assim.
Se eu fosse realmente
muito feliz
não chorava quando eu canto.
Nem cantava
pra abafar meu pranto.

Capiba

The slow build - Duels

So we argue about the stupid things
Decide to take a week off from the binge
But just become more sick
And more deranged
It gets round can't take anymore
And did anything really change?
Do we have to be so tired
Can you think of something else to say?
Something inspired..
Oh well, that's just the way things go round here

Now we all love a good secret but,
Do you want to know the real reasons why?
We can't look each other in the eye, oh no
We will cry in the same films but
We cry for different reasons
The ending was good
That is uynderstood
The ending is near
Now what do you hear

The slow build
The sound the machines make
The sound of a heart break
The sound of one person alone at the end of the night
The slow build
The sound that the trains make
Lonely people are too late
The hum of the television talking to no-one

So we slept right through the night again
Thinking about what we said to our friends
It's nothing really, don't you fuss
Ain't nothing wrong with the two of us.
And the problems came from here
And there and everywhere
And the government says that we should care
Much more about each other
We have a contract with our brothers

Now we all love a good secret but,
Do you want to know the real reasons why?
We can't look each other in the eye, oh no
We will cry in the same films but
We cry for different reasons
The ending was good
That is understood
The ending is near
Now what do you hear

The slow build
The sound the machines make
The sound of a heart break
The sound of one person alone at the end of the night
The slow build
The sound that the trains make
Lonely people I'm too late
The hum of the television talking to no-one

The slow build
The sound the machines make
The sound of a heart break
The sound of one person alone at the end of the night
The slow build
The sound that the trains make
Lonley people are too late
The hum of the television talking to no-one
Talking to no-one
Talking to no-one
Talking to no-one

lunes, 18 de mayo de 2009

Vale do Jucá

Era um caminho
Quase sem pegadas
Onde tantas madrugadas
Folhas serenaram
Era uma estrada
Muitas curvas tortas
Quantas passagens e portas
Ali se ocultaram?
Era uma linha sem começo e fim
E as flores desse jardim
Meus avós plantaram
Era uma voz
Um vento, um sussurro
Relâmpago, trovão e murro
Nos que se lembraram
Uma palavra
Quase sem sentido
Um tapa no pé do ouvido
Todos escutaram
Um grito mudo
Perguntado: aonde
Nossa lembrança se esconde?
Meus avós gritaram
Era uma dança
Quase uma miragem
Cada gesto, uma imagem
Dos que se encantaram
Um movimento
Um traquejo forte
Traçado, risco e recorte
Se descortinaram
Uma semente
No meio da poeira
Chão da lavoura primeira
Meus avós dançaram
Uma pancada
Um ronco, um estalo
Mil trupés e um cavalo
Guerreiros brincaram
Quase uma queda
Quase uma descida
Uma seta arremetida
As mãos se apertaram
Era uma festa
Chegada e partida
Saudações e despedidas
Meus avós choraram
Onde estará aquele passo tonto?
E as armas para o confronto
Onde se ocultaram?
E o lampejo
Da luz estupenda
Que atravessou a fenda
E tantos enxergaram?
Ah, se eu pudesse só por um segundo
Rever os portões do mundo
Que os avós criaram…

Siba e a Fuloresta do Samba

lunes, 4 de mayo de 2009

Estrela do Mar

Um Pequenino Grão De Areia
Que Era Um Pobre Sonhador
Olhando o Céu Viu Uma Estrela
E Imaginou Coisas De Amor

Passaram Anos, Muitos Anos
Ela no Céu e Ele no Mar
Dizem Que Nunca o Pobrezinho
Pode Com Ela Encontrar

Se Houve Ou Se Não Houve
Alguma Coisa Entre Eles Dois
Ninguém Soube Até Hoje Explicar
O Que Há De Verdade
É Que Depois, Muito Depois
Apareceu a Estrela Do Mar