viernes, 24 de julio de 2009

Hilda Hilst



Paulistana de Jaú, nascida no dia 21 de abril de 1930 e falecida a 4 de fevereiro de 2004, Hilda Hilst é reconhecida, quase pela unanimidade da crítica brasileira, como uma das nossas principais autoras, sendo consideradas uma das mais importantes vozes da Língua Portuguesa do século XX. Segundo o crítico Anatol Rosenfeld, “Hilda pertence ao raro grupo de artistas que conseguiu qualidade excepcional em todos os gêneros literários que se propôs - poesia, teatro e ficção”.

Dez chamamentos ao amigo!!!

Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
Desejasse
Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.
Te olhei. E há tanto tempo
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta
Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.
(Hilda Hilst)

miércoles, 22 de julio de 2009

Sylvia Plath




Sylvia Plath (Jamaica Plain, Massachusetts, 27 de Outubro de 1932 — Primrose Hill, Londres, 11 de fevereiro de 1963) foi uma poetisa, romancista e contista norte-americana.

Reconhecida principalmente por sua obra poética, Sylvia Plath escreveu também um romance semi-autobiográfico, "A Redoma de Vidro" ("The Bell Jar"), sob o pseudônimo Victoria Lucas, com detalhamentos do histórico de sua luta contra a depressão. Assim como Anne Sexton, Sylvia Plath é creditada por dar continuidade ao gênero de poesia confessional, iniciado por Robert Lowell e W.D. Snodgrass.

Amar? Para quê?

Sempre que a vida nos apresenta o amor como algo inusitado, olhamos com desconfiança, ficamos quebrando espelhos e tentando achar respostas para algo que na verdade não se pode explicar. O amor é assim, ele chega e ele vai. E como fazer pra que ele fique de vez? Que a salada antes saboreada só, tenha companhia? Como fazer ou o quê fazer para saber que esse amor é "aquele" que nos verá envelhecer e mesmo assim ainda nos amará como a primeira vista? Respostas são para aqueles que tem medo, e o problema é que eu já caí. Fica a dúvida e a companheira solidão, passam os anos, secam as lágrimas, deixa-se o desejo, escreve-se, aconselha-se, ouve-se, reclina-se sobre o tempo e como poeira em noite de vento frio, levanto-me, suspiro e me faço deitar novamente...

Pensamento torto assim o meu, que esqueceu que é possìvel amar e deixar-se amar, que os erros acontecem no amor, que a vida foi feita pra ser vivida a dois. E se esses dois serão seis ou vinte e sete, o que importa é que o amor com todo ardor, tenha espaço na vida, e que venham as cores, e que sejam mais vivas com esse amor; e quando vier a dor, agarre-a por quinze segundos e depois deite-a fora dos lençóis que antes acolheram com calor esse mesmo amor e jazem agora frios. Tenho a convicção de que voltaram a ser aquecidos.

Na calada da noite fria e cinzenta te confesso que não te quero ter, porque um dia posso acordar chorando e esse choro contido transbordará, porque tenho medo de te levar comigo nesse mar de lágrimas que eu fiz pra navegar. E de tua boca, esperava ouvir: "Meu amor, eu te prometo, aprenderei a nadar"...

E fica a velha tentativa, meio a esmo, meio a sorrelfa, sorrasteira e pertinente...

Pergunte-se. Ouse perguntar-se:

É melhor errar amando ou acertar sem amor???

Confesso que prefiro acertar sem amor... Apesar das palavras lançadas acima...

Um beijo e não me liga...

lunes, 13 de julio de 2009

Jean Nicolas Arthur Rimbaud (20 de outubro de 1854, Charleville - 10 de novembro de 1891, Marseille). Escritor francês.

Amanecí en tus brazos

Amanecí otra vez entre tus brazos
y desperté llorando de alegría
me cobijé la cara con tus manos
para seguirte amando todo el día.
Te despertaste tú casi dormida
tú me querías decir no sé que cosa
pero callé tu boca con mis besos
y así pasaron muchas muchas horas.

Cuando cayó la noche, apareció la luna
y entró por la ventana
qué cosa más bonita cuando la luz del cielo
iluminó tu cara...

Yo me volví a meter entre tus brazos
tú me querías decir no sé que cosa
pero callé tu boca con mis besos
y así pasaron muchas muchas horas.

Chavela Vargas

lunes, 6 de julio de 2009

A máxima de hoje!!!

Durante o almoço hoje com dois amigos, quase morro engasgado de tanto rir...
Duas máximas saídas e para não esquecê-las, resolvi lançá-las no universo paralelo onde vivem todos as canetas bic.
Só eu entenderei o contexto, mais aí vai, tentando ser desapegado de todos os pre-CON-Ceitos...

Máxima número 1:
Noooooosssssaaaa... Ela pediu pra ser feia no Vale dos Ecos...
Quero ser feia, quero ser feia, quero ser feia, quero ser feia...

Máxima número 2:
Bulimia é o caralho, eu quero é um pilão...

E a vida é assim...

sábado, 4 de julio de 2009



Fhotografh by Greg Gorman

Outra Era

Quando a vida me leva
Pra longe do meu bem
Fico parecendo um trilho
Onde não passa trem
Olho pro céu o céu é mais além
Miro o espelho e não vejo ninguém
Tambor dentro do peito, coração manera
Pára de chover que já é primavera
A manhã já vem e parece quimera
Mera fantasia de quem só espera
Se eu não morrer Eu vou te ver
Amanhã depois em outra era
Em Tel Aviv, Bagdá, Brasília
A saudade ilha
E quem dera eu fosse o mar, quem dera
Em Fortaleza, Pequim, Bora-Bora
A tristeza chora
Quem dera eu pudesse te beijar agora

Composição Fagner e Zeca Baleiro
Cantada por Ceumar