Aqueles que me têm muito amor, não sabem o que sinto e o que sou, não sabem que passou um dia a dor em minha porta e nesse dia entrou, e é desde então que eu sinto esse pavor... Ouço os passos da dor, essa cadência, que é já tortura infinda que é demência que é já vontade doida de gritar, e é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio, a mesma angústia funda sem remédio, andando atrás de mim sem me largar... gildorego@gmail.com 00 55 61 9229 0815
miércoles, 5 de mayo de 2010
Se eu pudesse ir e não me levar...
Nada poderia ser mais diferente de mim do que eu mesmo. Por isso, é unicamente na solidão que por vezes eu atinjo uma certa continuidade existencial, mas de repente a minha vida se entorpece, para. É quando sinto uma imensa dor da qual ninguém adivinha e literalmente eu sinto que vou deixar de ser...
É quando sinto que meu coração bate apenas por simpatia...
Ultimamente não tenho me sentindo vivo, apenas quando escapo de mim para viver no outro ou me tornar qualquer um...
Nada para mim tem realidade, senão poética... A começar por mim mesmo...
Parece às vezes, que não existo realmente, mas que simplesmente imagino que sou. Aquilo em que mais custo a crer é em minha própria realidade. Escapo-me de mim sem cessar, e nunca me compreendo bem, quando me observo agir e que aquele que vejo agir seja o mesmo que observa e que se surpreende e duvida e acredita que não é mais, nem voltará a ser...
Então calo e imagino sentir o que sinto...
É como se eu estivesse indo sem me levar, sem saber que vou...
Acordo e repito. Ah se eu pudesse ir e não me levar...
"Gosto da noite imensa, triste e preta, como essa estranha e doida borboleta que eu sinto sempre a voltejar em mim"...
Cochabamba-Bolívia
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