martes, 30 de noviembre de 2010

Se eu soubesse ser o outro eu seria eu mesmo te amando outra vez!!!

Le temps que reste


Caminho
Passos pesados
Tua presença serenizada
Percalços
Fatos
Fotos
Teu cheiro.

Inquietude
Água
Vazio em mim
Sede
Desertos.

Livros
Poeira
Esquecimento
Tristezas incontidas
Tua boca.

E devo eu despertar todo dia para um sol sem você?
E orvalhar os olhos?
E galopar no vão do pensamento?
E imaginar que tua boca beija outra boca?

Sinto
Medo.

Prefiro as noites de chuva
O aconchego do teu peito que não tenho.

Queria ser o outro...
Sendo o outro, eu seria eu mesmo.

Sendo eu mesmo.
Te amaria outra vez...

domingo, 28 de noviembre de 2010

"Jodido pero contento"



Porque me haces mucho daño
Porque me cuentas mil mentiras
Y porque sabes que te veo
Tú a los ojos no me miras
Y porque nunca quieres nada
Que a ti te comprometa
Yo te voy a dar la espalda
Para que alcances bien tu meta
Que yo me voy porque mi mundo me está llamando
Voy a marcharme deprisa
Que aunque tu ya no me quieras a mí me quiere la vida
Yo me voy de aquí
Jodido pero contento
Tu me has doblado pero yo aguanto
Dolido pero despierto
Por mi futuro
Con miedo pero con fuerza
Yo no te culpo ni te maldigo
Cariño mío
Jodido pero contento
Yo llevo dentro una esperanza
Dolida pero despierta
Pá mi futuro
Con miedo pero con fuerza
Que a partir de ahora y hasta que muera
Mi mundo es mío
Con tormento y sin dolores
Yo voy haciendo camino
Y que la brisa marinera
Me oriente hacia mi destino
Así es que me voy bajando
Pa la orillita de puerto
Y el primer barco que pase que me lleve mar adentro
Y en este planeta mío
Ese en que tu gobernabas
Yo ya he clavado mi bandera
Tu no me clavas mas nada
Déjame vivir a mi
Jodido por contento
¿Tonto, todo en la vida se paga?

Concha Buika

miércoles, 24 de noviembre de 2010

 "Ele se debateria ao longo de toda a vida entre a necessidade de pertencer e a tenaz insistência em manter-se à parte".

sábado, 20 de noviembre de 2010

Se te fosse concedido um único desejo: Eu desejaria desviver todos os dias que vivi sem ti


Tenho ódio a essa imensa claridade
Cansado de um regresso
Impossível
A minha dor aumenta a cada anoitecer
E meu universo torna-se dolorosamente incompreendido
Odeio as horas
Odeio meus cabelos brancos
Odeio envelhecer sem você
E por odiar tanto
Sinto que perco alguns sentimentos
Quem fechou a porta sem dizer adeus?
E o que sobrou de você em mim?

Noites vazias
Coração angustiado
E quando se faz silêncio
Louco eu, como estou
Ouço tua voz

E quando louco sou
E tua voz não vem
Vejo entrar o dia pela prisioneira janela de meu quarto
E hoje?
Como faço pra te perder pra sempre?

E se te concedessem um único desejo?

Eu?

Pediria pra desviver todos os dias que vivi sem você.

Perseguirei o silêncio!!!

Silêncio...

I e último ato!
Quando você sai de mim e eu não te deixo mais entrar.

viernes, 19 de noviembre de 2010

La cogida y la muerte




A las cinco de la tarde.
Eran las cinco en punto de la tarde.
Un niño trajo la blanca sábana
a las cinco de la tarde.
Una espuerta de cal ya prevenida
a las cinco de la tarde.
Lo demás era muerte y sólo muerte
a las cinco de la tarde.
El viento se llevó los algodones
a las cinco de la tarde.
Y el óxido sembró cristal y níquel
a las cinco de la tarde.
Ya luchan la paloma y el leopardo
a las cinco de la tarde.
Y un muslo con un asta desolada
a las cinco de la tarde.
Comenzaron los sones del bordón
a las cinco de la tarde.
Las campanas de arsénico y el humo
a las cinco de la tarde.
En las esquinas grupos de silencio
a las cinco de la tarde.
¡Y el toro, solo corazón arriba!
a las cinco de la tarde.
Cuando el sudor de nieve fue llegando
a las cinco de la tarde,
cuando la plaza se cubrió de yodo
a las cinco de la tarde,
la muerte puso huevos en la herida
a las cinco de la tarde.
A las cinco de la tarde.
A las cinco en punto de la tarde.
Un ataúd con ruedas es la cama
a las cinco de la tarde.
Huesos y flautas suenan en su oído
a las cinco de la tarde.
El toro ya mugía por su frente
a las cinco de la tarde.
El cuarto se irisaba de agonía
a las cinco de la tarde.
A lo lejos ya viene la gangrena
a las cinco de la tarde.
Trompa de lirio por las verdes ingles
a las cinco de la tarde.
Las heridas quemaban como soles
a las cinco de la tarde,
y el gentío rompía las ventanas
a las cinco de la tarde.
A las cinco de la tarde.
¡Ay qué terribles cinco de la tarde!
¡Eran las cinco en todos los relojes!
¡Eran las cinco en sombra de la tarde!

Federico Garcia Lorca

miércoles, 17 de noviembre de 2010

viernes, 12 de noviembre de 2010

Federico Garcia Lorca rasgou a minha alma

Recentemente comprei a Obra Poética Completa de Federico Garcia Lorca, eu durmo de um um lado da cama, do outro encontra-se o livro, e como por magia, todas as noites deito-me e durmo com ele. As vezes as suas palavras rasgam a minha alma, é quando paro e penso. A minha vida teria sido feliz se eu o tivesse encontrado? E é nessa mesma hora, que nasce e cresce uma dor imensa em minha alma. E segue o medo do esquecimento, de ir e nunca mais voltar.

La sombra de mi alma

La sombra de mi alma
Huye por un ocaso de alfabetos
Nieblas de libros
Y palabras

La sombra de mi alma
He llegado a la línea donde cesa
La nostalgia
Y la gota de llanto se transforma
Alabastro de espíritu

La sombra de mi alma
El copo de dolor se acaba
Pero queda la razón y la sustancia
De mí viejo mediodía de labios
De mi viejo mediodía de miradas

La sombra de mi alma
Un turbio laberinto
De estrellas ahumadas
Enreda mi ilusión
Casi marchita

La sombra de mi alma
Y una alucinación
Me ordeña las miradas
Veo la palabra amor
Desmoronada

Ruiseñor mío
Ruiseñor,
¿Aún cantas?

jueves, 11 de noviembre de 2010

O meu corpo não tem janelas


Nunca mais você
Meu pensamento gira em torno do nada
Minha vida perdeu-se dentro de mim
Não a encontro
Eu sou o reflexo de mim mesmo
Um nada
Não há mais saídas
Meu corpo não possui janelas
A porta da minha casa agora é no chão
Penso no teu abraço
E tudo que tenho agora
É uma saudade caída
Numa calaçada suja.

miércoles, 10 de noviembre de 2010

O frio do meu corpo pergunta por você ou dez passos para enlouquecer depois que você se foi!


I
Estou cansado da claridade
Espero uma volta impossível
Tudo em mim é dolorosamente incompreendido
Descobri que tenho um rio dentro de mim
Descobri que tenho desertos dentro de mim
Descobri que não tenho mais você dentro de mim
Descobri que não sei onde estás
Descobri que meu rio está cheio de cadáveres
Descobri que meu deserto está povoado de tua imagem
Descobri porque não sei onde estás
Porque, quando te perdi, me perdi de mim
E não podendo me encontrar, nunca pude encontrar você.

II
Não posso mais me olhar
Quando me olho vejo você
Não vejo mais beleza
A minha miséria é real.

III
Agora tudo que tenho é teu retrato
Quando a noite cai eu te olho
E você não me vê.

IV
Porque eu sinto tanta dor?
Porque não te escolhi?
Porque escolhi a mim?

V
Eu tenho um pedido ao mundo
Eu quero gritar
Porque tenho direito ao grito

VI
Eu não sabia
Que não te ter
Seria tão dolorido.

VII
Eu e anoite
Decidimos
Juntos.

VIII
Já que não te tenho mais
Já que nunca terei você de volta
Já que nunca mais saberei o que é o amor

IX
Não quero mais amar ninguém.

X
E quando eu morrer
Minha boca morta gritará ainda
Como te amei tanto, ó meu amor!!!

sábado, 6 de noviembre de 2010

Vento, objetos perdidos e encontrados ou o que fazer quando recoloco tua fotografia no porta-retrato!!!



Esses dias andei pensando muito, demasiado pra ser sincero. Uns fantamas andaram me assombrando, logo eu que não acredito em fantasmas, a não ser quando eles quebram algo e me dão um trabalho danado pra consertar, como foi no caso da lâmpada da cozinha que se estilhaçou e encontro cacos até hoje, logo na cozinha, lugar obviamente, completa de alimentos, bem, não tão completa, mas há umas bolachas noturnas.

Saí, comprei peças, remontei, comprei novas lâmpadas e ao fim do dia, fez-se a luz e a luz foi feita, com isso, limpeza mais detalhada, mas chega, todo esse drama, pra interromper o meu drama. Sexta à noite, alguns compromissos, nada que me agradasse ou eu não queria ser agradado, pus-me a revirar caixas de recordações, poemas, folhas amareladas (pausa... espirros), cartas, frases esquisistas e perguntas. Porque eu escrevi isso? Sei lá, tava escrito e guardado, "en la caja de recuerdos", foi aí que do nada, ouvindo Maria Bethânia loucamente, pausa para sentir a música que eu ouvia... (você não sabe quanta coisa eu faria, além do que já fiz. Você não sabe até onde eu chegaria, pra te fazer feliz. Eu chegaria onde só chegam os pensamentos, encontraria uma palavra que não existe, pra te dizer nesse meu verso quase triste, como é grande o meu amor)... Quando do nada, por encanto de assombração, encontro as duas fotos suas, passado remoto, louco, olho no olho, me remeto ao passado novamente, que sempre volta e eu sempre fujo. Dessa vez então decidi agir. De repende, um vento levanta a cortina do quarto, voam papéis, bilhetes, fotos, pequenos desenhos, postais de viagens e um passe do metrô de Paris, pra ser clichê, afinal de contas era da "caja de recuerdos".

Pensei em chorar, talvez até tenha chorado e não quis admitir aqui nesse texto sem sentido, ok, admito, lágrimas rolaram, pra ser mais sincero, uma tespestade interminável brotou de meu olhos. E sem saber porque, agora tenho novamente comigo dois porta-retratos com fotos solitárias de alguém que me esperou por um tempo e por um tempo eu pensei que ele me esperava, mas não sabia se a espera seria pra sempre e se no encontro definitivo o amor seria pra sempre, se o olho se veria todo dia, e o brilho do olho perduraria, e assim, sem nada querer qualificar, o medo se apossou de mim e eu, covarde na época e covarde hoje por não admitir, fugo do amor e da paixão...

Agora se há respostas, eu queria encontrá-las, porque quatro anos após eu ter fugido, tenho dois porta-retratos dele, posso chamá-lo de "meu amor", posso, o texto é meu, posso chamá-lo como quiser. Descobri que fugir é mais fácil, porque se você foge não há justificativas, mais depois percebi que com o tempo, existe uma legião de perguntas que te perseguem  e te afligem insistentemente, te enlouquecem e pra ficar louco, basta cruzar uma simples linha.

Hoje não sei mais de mim, quem eu sou? Sei lá, "  sou a roupagem de um doido que partiu numa romagem e nunca mais voltou".

Reveleção: Apesar de tudo, das mágoas, dos cafés, das palavras de amor, dos bilhetes, das fotos, do beijo no trem, da cabeça no ombro, das doses de run, do aconchego do teu peito aberto, de você lendo Lorca pra mim quando amanhecia, sua mania de comer chocolate amargo com café sem açúcar, de você em mim, de nós juntos, dos dois corpos masculinos, me dou conta, sozinho, dentro de mim mesmo, como eu te amei.

E a resposta que busco encontro agora... Por alguns anos, tentei suportar.

Nosso amor foi intenso, cego ao mundo, era um interior, onde só existiam poesias, eu e você... Mas, alguém, quebrou tudo isso, não consigo lembrar quem, lembro da dor que ainda sinto.

Nosso amor definitivamente foi um desatre,
Um naufrágio com duas vítimas.
Mas agora sem você.
É difícil viver, pero sigo.
Mas não pude suportar o vazio do porta-retrato, onde você sereno, me esperava.

Você tinha uma rosa amarela e sangrava por causa de um espinho, rosa e sangue, sempre achei as rosas vermelhas soberbas, com sua intenção de paixão e sedução, já as amarelas me seduzem pelo simples fato de serem elas memas, de não repersentarem nada...

Eu te amo, te amo, te amo, te amo, te amo.

Quero que o mundo todo saiba, mas se um dia, quizás você venha a me perguntar eu direi sem lágrimas, sem rosas, sem aconchego, que não te quero ter, porque você dói em mim...

E eu prefiro a minha dor.

Porque?

Porque é minha dor, não é de mais ninguém...

Eu te amo, eu amo você. Mas espero que você nunca saiba.

martes, 2 de noviembre de 2010

Espera ou quando olhar meu rosto envelhecido e lembrar que se não vivi, foi por você



Nada é mais sobre mim ou sobre você
Não tenho mais tempo
Vivo uma alucinação
Só tenho histórias tristes que me doem os ossos
Em mim habita a dor
Ela chega sorrateira
E fica
Você pode dizer o que possuímos?
Porque o que sobrou de mim
São noites de inconsciência
Estas sórdidas noites sem trégua
O cheiro que sinto em meu quarto
É de espera
E de meus olhos, brotam chuvas intermináveis
Sonhava que meus beijos caíam dentro de tua boca
E tua boca mastigava meus beijos
Mas em mim, só há recordação
Porque sei e sinto
Que a pele que encosta na tua, não é a minha
Que o corpo que deita a teu lado, não é o meu
Que a boca que te beija é a que você deseja
E eu, que sei que nunca estarei em teus braços
Espero o dia em que me perderei para sempre de mim
Esperando essa hora
E a pior dor será
Olhar meu rosto envelhecido
E lembrar que se não vivi
Foi por você.