sábado, 15 de octubre de 2011

Noite!!!



A noite fecundava o ovo dos vícios...
Tal uma horda feroz de cães famintos,
atravesssando uma estação deserta,
uivava dentro do "eu", com a boca aberta,
a matilha espantada dos instintos...

Augusto dos Anjos

Do amor

Costuro o infinito sobre o peito
e no entanto sou água fugidia e  amarga
Eu sou crível e antigo como aquilo que vês:
Pedra, frontões no todo inamovível
Terno, me adivinho montanha algumas vezes,
Recente, inumano, inexprimível.
Costuro o infinito sobre o peito.
Como aqueles que amam.