Bom dia tristeza
Que tarde tristeza
Você veio hoje me ver
Já estava ficando
Até meio triste
De estar tanto tempo
Longe de você
Se chegue tristeza
Se sente comigo
Aqui nesta mesa de bar
Beba do meu copo
Me dê o seu ombro
Que é para eu chorar
Chorar de tristeza
Tristeza de amar
Adoniran Barbosa e Vinícius de Moraes
Aqueles que me têm muito amor, não sabem o que sinto e o que sou, não sabem que passou um dia a dor em minha porta e nesse dia entrou, e é desde então que eu sinto esse pavor... Ouço os passos da dor, essa cadência, que é já tortura infinda que é demência que é já vontade doida de gritar, e é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio, a mesma angústia funda sem remédio, andando atrás de mim sem me largar... gildorego@gmail.com 00 55 61 9229 0815
lunes, 23 de marzo de 2009
Instante de dois
Não quero que você me coma
Não quero que você me engula
Não quero que você me acorde
Não quero que você me durma
Não quero que você me assista
Não quero que você me assuma
Não quero que você me corte
Não quero que você me inclua
Eu só quero um segundo teu
E um segundo meu
Um instante de dois
Sem mais, nem pra depois eu te dizer
Que eu te amo não
Te amo demais para ser prisão
De dois
Amor
Cibelle
Não quero que você me engula
Não quero que você me acorde
Não quero que você me durma
Não quero que você me assista
Não quero que você me assuma
Não quero que você me corte
Não quero que você me inclua
Eu só quero um segundo teu
E um segundo meu
Um instante de dois
Sem mais, nem pra depois eu te dizer
Que eu te amo não
Te amo demais para ser prisão
De dois
Amor
Cibelle
Sobre a quantidade infinita de incertezas...
As vezes eu queria dormir um sono só, penso e os pensamentos não são meus, vejo o tempo e o tempo que tenho, o tempo que resta, tenho medos e eles não querem me deixar...
Não quero me entregar ao amor, aconselho amigos, participo de discussões, enxugo as lágrimas, ouço as súplicas, vejo o estrago que esse sentimento causa nas pessoas e nos corações humanos...
O meu coração eu pus no bolso, e ao contrário da canção, não apareceu um moço pra tirar ele dali, e se houvesse tirado, e se eu tivesse deixado e se...
E com uma quantidade infinita de SES, não sei o que fazer com o que me rodeia. Estou precisando de tristeza, dos braços aconchegantes da tristeza, de sua mão, de seu silêncio, das paredes do meu quarto, de retratos na parede, de notícias no jornal...
Não quero nunca uma janela de frente para o crime, prefiro as árvores e o canto dos pássaros, não quero maresia no meu rosto... Quero a paz da noite, as gotas de chuva e nunca ter um amor para recordar...
E quando a velhice chegar, ai de mim que nada sei, que nunca amei, que talvez tenha amado sem mim, tenha sido um eu no outro, e nesse vai e vem da vida, fui aos poucos abandonando os meus sentimentos, e hoje, vejo a minha vida como um silêncio extremamente ocupado, sem querer ou gostar de perturbações, de exaltações fora de hora...
Hoje, mas que nunca, tento ser alguém que não sou, uma pessoa melhor, sem linha divisória entre a tristeza e alegria, sem vícios permanentes, quero e tenho o direito a ser triste quando queira e quanto a isso, quanto a esse desejo, não interessa e não desperta nada em mim e sim em outros...
Confesso que tenho medo, a deixei tanto tempo presa, nunca soube como expulsar esse sentimento que corrói, que alucina, que me faz cavalgar no vagão do pensamento...
Apenas espero que ela me venha e me faça bem, me faça refletir sobre o tempo que resta, sobre as portas e janelas de minha vida...
E pelos longos e estreitos corredores vazios de minha vida e esqueça tua imagem serena e petrificada e possa seguir sem rumo, com o resto de felicidade que a vida me roubou…
inha vida, onde há muitos querendo entrar e seu sem rota de fuga não os deixo passar, não quero silêncios interrompidos, não quero perguntas fora de hora, não quero abraços de compaixão nem olhares de pena, cheios de sentimentalismo...
Quero apenas me afogar no mar de rostos que vivo e sair fortificado, e outra vez poder entrar, não quero a mão estendida nem a palavra que consola, não quero outra metade nem amigos intrusos, quero o amor que passa, a paixão tardia, o beijo profano, quero ser largado sempre no altar, sentir no puído da carne a dor do abandono, de nunca ter ninguém e assim permanecer, sozinho, alone, solo...
Y que nadie me extrañe, que yo no pueda ser algo que nunca supe, quizás algo que nunca podré venir a ser…
Não quero me entregar ao amor, aconselho amigos, participo de discussões, enxugo as lágrimas, ouço as súplicas, vejo o estrago que esse sentimento causa nas pessoas e nos corações humanos...
O meu coração eu pus no bolso, e ao contrário da canção, não apareceu um moço pra tirar ele dali, e se houvesse tirado, e se eu tivesse deixado e se...
E com uma quantidade infinita de SES, não sei o que fazer com o que me rodeia. Estou precisando de tristeza, dos braços aconchegantes da tristeza, de sua mão, de seu silêncio, das paredes do meu quarto, de retratos na parede, de notícias no jornal...
Não quero nunca uma janela de frente para o crime, prefiro as árvores e o canto dos pássaros, não quero maresia no meu rosto... Quero a paz da noite, as gotas de chuva e nunca ter um amor para recordar...
E quando a velhice chegar, ai de mim que nada sei, que nunca amei, que talvez tenha amado sem mim, tenha sido um eu no outro, e nesse vai e vem da vida, fui aos poucos abandonando os meus sentimentos, e hoje, vejo a minha vida como um silêncio extremamente ocupado, sem querer ou gostar de perturbações, de exaltações fora de hora...
Hoje, mas que nunca, tento ser alguém que não sou, uma pessoa melhor, sem linha divisória entre a tristeza e alegria, sem vícios permanentes, quero e tenho o direito a ser triste quando queira e quanto a isso, quanto a esse desejo, não interessa e não desperta nada em mim e sim em outros...
Confesso que tenho medo, a deixei tanto tempo presa, nunca soube como expulsar esse sentimento que corrói, que alucina, que me faz cavalgar no vagão do pensamento...
Apenas espero que ela me venha e me faça bem, me faça refletir sobre o tempo que resta, sobre as portas e janelas de minha vida...
E pelos longos e estreitos corredores vazios de minha vida e esqueça tua imagem serena e petrificada e possa seguir sem rumo, com o resto de felicidade que a vida me roubou…
inha vida, onde há muitos querendo entrar e seu sem rota de fuga não os deixo passar, não quero silêncios interrompidos, não quero perguntas fora de hora, não quero abraços de compaixão nem olhares de pena, cheios de sentimentalismo...
Quero apenas me afogar no mar de rostos que vivo e sair fortificado, e outra vez poder entrar, não quero a mão estendida nem a palavra que consola, não quero outra metade nem amigos intrusos, quero o amor que passa, a paixão tardia, o beijo profano, quero ser largado sempre no altar, sentir no puído da carne a dor do abandono, de nunca ter ninguém e assim permanecer, sozinho, alone, solo...
Y que nadie me extrañe, que yo no pueda ser algo que nunca supe, quizás algo que nunca podré venir a ser…
jueves, 12 de marzo de 2009
O amor de 50 centavos...
Nos últimos tempos o amor tem mostrado as suas facetas. Ele chega sorrateiro e quer entrar em mim, entrar no meu coração, eu, sem saber direito quem sou e já com saudades de mim mesmo, achando plenamente que "a vida nunca é o que a gente somos", me deixei levar por esse sentimento, ao mesmo tempo que creio que a vida não nos fornece o necessário, não gosto de sentir saudades, não gosto de saber que alguém espera por mim, pois tenho as minhas próprias convicções sobre o ato de esperar. Esperamos muito e nos damos pouco, então o ato de se entregar consiste em viver sem esperar, mas viver sem esperar não é possível, pois somos ensinados a esperar, a saber esperar...
Assim, me dei, me entreguei, e agora sigo inerte e só, mais uma vez e talvez sempre, se é amor, se houve amor, que esse seja apenas o do abraço sufocante e apertado, das marcas do desejo no pescoço, dos beijos com sabor de ameixa e cigarro, das sensações prolongadas, do carinho em excesso, da triste ausência da partida, da dor que há de cessar e passar e assim ser mais uma cicatriz, não daquelas que incomodam, mas daquelas que são lembradas no calor da hora...
Eu sigo, permitido ou não, não vejo diferença entre alma e corpo, não vejo solução para um amor presente... Tenho em mente que esse não foi uma fuga, apenas o curso da vida que me entregou um amor e tão rápido me tirou a perspectiva de algo que poderia ser grande, mas não foi... Não posso esperar nem pedir que o amor espere, não consigo, trago em mim a dor de permanecer assim, vagando, com o amor de boca em boca, como os pobres que vão de porta em porta...
Assim, me dei, me entreguei, e agora sigo inerte e só, mais uma vez e talvez sempre, se é amor, se houve amor, que esse seja apenas o do abraço sufocante e apertado, das marcas do desejo no pescoço, dos beijos com sabor de ameixa e cigarro, das sensações prolongadas, do carinho em excesso, da triste ausência da partida, da dor que há de cessar e passar e assim ser mais uma cicatriz, não daquelas que incomodam, mas daquelas que são lembradas no calor da hora...
Eu sigo, permitido ou não, não vejo diferença entre alma e corpo, não vejo solução para um amor presente... Tenho em mente que esse não foi uma fuga, apenas o curso da vida que me entregou um amor e tão rápido me tirou a perspectiva de algo que poderia ser grande, mas não foi... Não posso esperar nem pedir que o amor espere, não consigo, trago em mim a dor de permanecer assim, vagando, com o amor de boca em boca, como os pobres que vão de porta em porta...
jueves, 5 de marzo de 2009
E é assim, simples assim...
Respeite mesmo o que é ruim em você Não queira fazer de você uma pessoa perfeita. Não copie uma pessoa ideal, copie você mesmo, esse é o único jeito de viver...
Clarice Lispector
Clarice Lispector
O tal do sexo...
Ultimamente me entreguei aos prazeres da carne, sempre pudico, com muitas restrições sobre o que gosto de fazer e o que não gosto, desejos do corpo, sentimento de culpa, vejo e nem imagino como poderia ser feito...
Me deixei levar, talvez pela idade, talvez pela solidão, nem sei ao certo...
Uns me beijam e eu queria que nunca acabasse, outros não me beijam, sentem pressa do óbvio e nesse emaranhado de sentimentos, de orgias e orgasmos, suores, odores, sussurros, gemidos, ficam eu e meu corpo discutindo dentro do vazio...
Se o sexo fosse feito apenas para procriar, pra que teria o gozo, e se no sexo não tivesse o gozo as pessoas não o fariam, seria apenas para a procriação...
Então a dúvida permanece...
E o que é então esse desejo que vem crescendo, esse desejo de beijar a mesma boca, de chegar em casa numa noite de frio e ter alguém pra te aquecer...
Ter alguém pra segurar tua mão no cinema...
Alguém pra você nunca mais almoçar sozinho...
Alguém pra te acordar com beijos numa manhã cinza e chuvosa de domingo...
Mas onde está esse alguém, estará com outro...
Aí fica inevitável...
Fico triste e penso na Florbela Espanca...
E deixo esse soneto que diz tudo sem precisar qualificar nada...
Eu...
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Me deixei levar, talvez pela idade, talvez pela solidão, nem sei ao certo...
Uns me beijam e eu queria que nunca acabasse, outros não me beijam, sentem pressa do óbvio e nesse emaranhado de sentimentos, de orgias e orgasmos, suores, odores, sussurros, gemidos, ficam eu e meu corpo discutindo dentro do vazio...
Se o sexo fosse feito apenas para procriar, pra que teria o gozo, e se no sexo não tivesse o gozo as pessoas não o fariam, seria apenas para a procriação...
Então a dúvida permanece...
E o que é então esse desejo que vem crescendo, esse desejo de beijar a mesma boca, de chegar em casa numa noite de frio e ter alguém pra te aquecer...
Ter alguém pra segurar tua mão no cinema...
Alguém pra você nunca mais almoçar sozinho...
Alguém pra te acordar com beijos numa manhã cinza e chuvosa de domingo...
Mas onde está esse alguém, estará com outro...
Aí fica inevitável...
Fico triste e penso na Florbela Espanca...
E deixo esse soneto que diz tudo sem precisar qualificar nada...
Eu...
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Não gosto de buceta...
"Acho que tenho pavor dessa coisa de perder os dentes, que eu associo à idéia de morte. Por isso estou aflita pra ir ao dentista. Mas são deslumbrantes as vantagens de ser banguela. O chato é que a gente não pode rir nunca. Só que, no meu caso, a perda dos dentes veio um pouco tarde: agora eu não chupo mais o pau de ninguém. Há vinte não vejo um pau.(...)
Um amigo meu estava tomando banho aqui em casa. Entrei por engano no banheiro e, quando vi o pau dele, comecei a rir sem parar e fui hospitalizada. "Meu Deus, é por causa disso que se briga tanto neste mundo?", pensei. Ri tanto que fiquei com falta de ar. Tenho bronquite asmática.
Tiveram que me hospitalizar, de tanto que ri... essa coisa de sexo fica tão desimportante depois que a gente envelhece. Fica cômico também, não dá mais pra levar à sério. Então, a gente só pode rir com esse negócio de foder.(...) pra mim tudo ficou esquisito agora.
Posso achar a pessoa muito bonita, mas não tenho atração por nenhum homem. Nem por mulher. Por mulher seria ótimo. Parece que Simone Beuavoir ficou lésbica na velhice. Essa chance eu não tenho.
Sempre tive medo da buceta, um medo mortal. É uma coisa tão escura, tão funda, a gente nunca sabe o que tem lá dentro, se tem gato morto ou sei lá o quê. Tenho medo da minha buceta, medo pânico. Ela me assusta.
Nem olho. Fico pensando: "Meu Deus, o que será que vem por aí? Tenho medo de pôr o dedo lá dentro. Fico enjoada e com medo. Não sei o que pode aparecer. Como é que homem pode gostar de mulher ? Acho uma coisa impressionante."
Nota : Hilda Hilst é escritora de livros como "Sobre a Tua Grande Face", "O Caderno de Lori Lambi", entre outros. Em vida, Hilda chegou a criar 70 cachorros em seu sítio e disse ter tido experiência com discos voadores. Hilda faleceu em 4 de fevereiro de 2004,na cidade de Campinas
Um amigo meu estava tomando banho aqui em casa. Entrei por engano no banheiro e, quando vi o pau dele, comecei a rir sem parar e fui hospitalizada. "Meu Deus, é por causa disso que se briga tanto neste mundo?", pensei. Ri tanto que fiquei com falta de ar. Tenho bronquite asmática.
Tiveram que me hospitalizar, de tanto que ri... essa coisa de sexo fica tão desimportante depois que a gente envelhece. Fica cômico também, não dá mais pra levar à sério. Então, a gente só pode rir com esse negócio de foder.(...) pra mim tudo ficou esquisito agora.
Posso achar a pessoa muito bonita, mas não tenho atração por nenhum homem. Nem por mulher. Por mulher seria ótimo. Parece que Simone Beuavoir ficou lésbica na velhice. Essa chance eu não tenho.
Sempre tive medo da buceta, um medo mortal. É uma coisa tão escura, tão funda, a gente nunca sabe o que tem lá dentro, se tem gato morto ou sei lá o quê. Tenho medo da minha buceta, medo pânico. Ela me assusta.
Nem olho. Fico pensando: "Meu Deus, o que será que vem por aí? Tenho medo de pôr o dedo lá dentro. Fico enjoada e com medo. Não sei o que pode aparecer. Como é que homem pode gostar de mulher ? Acho uma coisa impressionante."
Nota : Hilda Hilst é escritora de livros como "Sobre a Tua Grande Face", "O Caderno de Lori Lambi", entre outros. Em vida, Hilda chegou a criar 70 cachorros em seu sítio e disse ter tido experiência com discos voadores. Hilda faleceu em 4 de fevereiro de 2004,na cidade de Campinas
martes, 24 de febrero de 2009
Carnaval? Que nada. Pensamentos tortuosos...
Recém chegado da Espanha, ainda meio tonto, volto ao país que amo e que insisto em deixar...Motivo? Sei lá. Pergunta para o papai Smurf... O que sei é que nesse país de tantas alegorias e diversidades, ferveção, agitação, beijo na boca, corpos suados e sexo latente, decidi quedarme em casa solito com meus pensamentos. Sabendo que vou sentir saudade de mim quando eu morrer, que não adianta fugir da tristeza, pois ela sempre te alcança... E hoje mas que nunca sei, não adianta se entregar, a resposta à pergunta se a vida é isso mesmo, não tem resposta. A vida é você quem faz, você quem decide, você quem sabe as dificuldades de atravessar os obstáculos... Apesar dos pesares, onde anda você? Tenho tido bons momentos de carne, passageira, e no final das idas e vindas, volto sempre sozinho pra casa e tudo é silêncio e solidão... Sem promessas. De tudo isso concluo que. Estou cansado de ser eu no outro, é como ter sede infinita, mas sem ser de água... E tenho que parar de ouvir Maysa, pois descobri que ela é a Rainha da Fossa...
viernes, 13 de febrero de 2009
Minha alma está assim...
O adeus tem outro rosto...
Adeus palavra tão corriqueira
Que diz-se a semana inteira
A alguém que se conhece
Adeus logo mais eu telefono
Eu agora estou com sono
Vou dormir pois amanhece
Adeus uma amiga diz à outra
Vou trocar a minha roupa
Logo mais eu vou voltar
Mas quando
Este adeus tem outro gosto
Que só nos causa desgosto
Este adeus você não dá
Adeus palavra tão corriqueira
Que diz-se a semana inteira
A alguém que se conhece
Adeus logo mais eu telefono
Eu agora estou com sono
Vou dormir pois amanhece
Adeus uma amiga diz à outra
Vou trocar a minha roupa
Logo mais eu vou voltar
Mas quando
Este adeus tem outro gosto
Que só nos causa desgosto
Este adeus você não dá
Sexta-feira 13
Tenho dormido muito pouco. Na verdade, pra ser sincero, minhas noites se converteram em dias e os dias em noites. Atormentado por divagações e incertezas, ao descer as escadas, me vinha à mente um pensamento tortuoso. Será que a vida é só isso? E as respostas vinham vagas, e eu me transportava para onde o vento faz a curva e pára pra descansar. Queria mudanças em minha vida, ao mesmo tempo em que temo, por estar tanto tempo com o óbvio. Quando se pede, não se recebe, quando se questiona então... Hoje pela manhã, ainda meio atordoado pelo amor que se foi, pela promessa do amor que chegava, pelo coração aberto, pela paixão controlada, pelos devaneios sentidos, pela mente turva, pela algazarra de sentimentos libertados, perdido no vácuo da solidão, estou eu aqui como um homem numa casa. Olá silêncio!
Desperto assoberbado com um barulho horrendo, forte e arrebatador. Levanto sem saber quem sou e onde estou, numa inócua sexta feira 13 de fevereiro, sem mitos, sem fantasmas, desnudo.
Um pássaro havia se chocado na janela, se morreu, não sei, se deixou a sua vida de liberdade na vidraça, jamais saberei, era grande, eu e Lily atormentados, sentados na sala, ela disse por metáfora que havia sido uma ema, mas as emas não voam. Depois lembrei da canção que diz: "você bem sabe que a ema cuando canta, vem trazendo no seu canto um bocado de azar"... Se cuando ela canta anuncia o azar, imagina cuando ela se choca com sua vidraça e por ventura faz a passagem, morre. Não acreditando em azar e nem que fosse uma ema, dito que as emas não voam. Sigo um rumo diferente, deixo o óbvio pelo desconhecido total. Na esperança que 2009 seja um ano de resoluções para mim. Retirar do meu mundo pessoas problemáticas que me sugam e que depois me repelem... Deixarei saudades eu sei, mas não tanto como morrerei metaforicamente de saudade. E no pensamento fica o seguinte verso. Se você não tivesse me encontrado eu teria encontrado você? E resta a sensação de que quando eu morrer, vou sentir tanta saudade de mim...
Desperto assoberbado com um barulho horrendo, forte e arrebatador. Levanto sem saber quem sou e onde estou, numa inócua sexta feira 13 de fevereiro, sem mitos, sem fantasmas, desnudo.
Um pássaro havia se chocado na janela, se morreu, não sei, se deixou a sua vida de liberdade na vidraça, jamais saberei, era grande, eu e Lily atormentados, sentados na sala, ela disse por metáfora que havia sido uma ema, mas as emas não voam. Depois lembrei da canção que diz: "você bem sabe que a ema cuando canta, vem trazendo no seu canto um bocado de azar"... Se cuando ela canta anuncia o azar, imagina cuando ela se choca com sua vidraça e por ventura faz a passagem, morre. Não acreditando em azar e nem que fosse uma ema, dito que as emas não voam. Sigo um rumo diferente, deixo o óbvio pelo desconhecido total. Na esperança que 2009 seja um ano de resoluções para mim. Retirar do meu mundo pessoas problemáticas que me sugam e que depois me repelem... Deixarei saudades eu sei, mas não tanto como morrerei metaforicamente de saudade. E no pensamento fica o seguinte verso. Se você não tivesse me encontrado eu teria encontrado você? E resta a sensação de que quando eu morrer, vou sentir tanta saudade de mim...
lunes, 2 de febrero de 2009
sábado, 17 de enero de 2009
miércoles, 29 de octubre de 2008
Palavras Cruzadas
Guarde nossas juras
Debaixo do seu guarda-chuva.
A chuva não pode lavar nosso gozo, nossa paz.
Tranque no porta-luvas
O mapa de suas curvas
Com minhas marcas, impressões digitais.
Passatempo, caça-palavras,
Amores com hora marcada
Quase sempre dão em nada.
Confissões na horizontal,
Confusões sob os lençóis,
Amor na vertical,
Palavras cruzadas.
Guarde nossas juras
Debaixo do seu guarda-chuva.
A chuva não pode lavar nosso gozo, nossa paz.
Tranque no porta-luvas
O mapa de suas curvas
Com minhas marcas, impressões digitais.
Passatempo, caça-palavras,
Amores com hora marcada
Quase sempre dão em nada.
Confissões na horizontal,
Confusões sob os lençóis,
Amor na vertical,
Palavras cruzadas.
Passatempo, caça-palavras,
Amores com hora marcada
Quase sempre dão em nada.
Confissões na horizontal,
Confusões sob os lençóis,
Amor na vertical,
Palavras cruzadas.
Letra de Palavas Cruzadas
Cileno
Debaixo do seu guarda-chuva.
A chuva não pode lavar nosso gozo, nossa paz.
Tranque no porta-luvas
O mapa de suas curvas
Com minhas marcas, impressões digitais.
Passatempo, caça-palavras,
Amores com hora marcada
Quase sempre dão em nada.
Confissões na horizontal,
Confusões sob os lençóis,
Amor na vertical,
Palavras cruzadas.
Guarde nossas juras
Debaixo do seu guarda-chuva.
A chuva não pode lavar nosso gozo, nossa paz.
Tranque no porta-luvas
O mapa de suas curvas
Com minhas marcas, impressões digitais.
Passatempo, caça-palavras,
Amores com hora marcada
Quase sempre dão em nada.
Confissões na horizontal,
Confusões sob os lençóis,
Amor na vertical,
Palavras cruzadas.
Passatempo, caça-palavras,
Amores com hora marcada
Quase sempre dão em nada.
Confissões na horizontal,
Confusões sob os lençóis,
Amor na vertical,
Palavras cruzadas.
Letra de Palavas Cruzadas
Cileno
sábado, 25 de octubre de 2008
Deje en paz mi corazón
Ya te di mi cuerpo, mia alegria
Ya hice parar mi sangre cuando hiervia
Mira la voz que sueña
Mira la voz que salta
Mira la gota que falta para el final de la fiesta
Por favor
Deje en paz mi corazón
Que el es un vaso hasta aquí de congoja
Y cualquer rechazo, haga no
Puede ser la gota d'água
Ya hice parar mi sangre cuando hiervia
Mira la voz que sueña
Mira la voz que salta
Mira la gota que falta para el final de la fiesta
Por favor
Deje en paz mi corazón
Que el es un vaso hasta aquí de congoja
Y cualquer rechazo, haga no
Puede ser la gota d'água
lunes, 20 de octubre de 2008
Se te parezco!!!
Se te pareço noturna e imperfeita,
Olha-me de novo.
Porque esta noite
Olhei-me a mim,
como se tu me olhasses.
E era como se a água
Desejasse
Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.
Te olhei.
E há tanto tempo
Entendo que sou terra.
Há tento tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu.
Pastor e nauta
Olha-me de novo.
Com menos altivez.
E mais atento.
Hilda Hilst
Olha-me de novo.
Porque esta noite
Olhei-me a mim,
como se tu me olhasses.
E era como se a água
Desejasse
Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.
Te olhei.
E há tanto tempo
Entendo que sou terra.
Há tento tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu.
Pastor e nauta
Olha-me de novo.
Com menos altivez.
E mais atento.
Hilda Hilst
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