Aqueles que me têm muito amor, não sabem o que sinto e o que sou, não sabem que passou um dia a dor em minha porta e nesse dia entrou, e é desde então que eu sinto esse pavor... Ouço os passos da dor, essa cadência, que é já tortura infinda que é demência que é já vontade doida de gritar, e é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio, a mesma angústia funda sem remédio, andando atrás de mim sem me largar... gildorego@gmail.com 00 55 61 9229 0815
sábado, 30 de enero de 2010
Construção de dois "2": Gildo e Danski em Inacabado por tempo que o tempo dirá
Com você, uni versos e palavras...
Construí mundos invisíveis, onde ninguém jamais pode entrar...
E assim, me perdi de mim.
Agora ando em verso mudo, como o silêncio de um convento.
Uma triste cortina de renda, velhinha e em pedaços a espera de vento.
Uma parte de mim se perdeu...
Ó meu amor, longe de ti quem sou eu?
Sou como poço oco, parede sem reboco, peixe fora do mar...
Barco sem vela, pintor sem aquarela, vitrola sem tocar...
Sou poema sem rima, rua sem esquina...
sou concha vazia de quem o mar esqueceu...
De mim? O que restou...
Amei só...
Meu corpo verga, dilacerado ainda se move...
E os versos que uni por você, agora são parte morta.
Mesmo que meu grito se fizesse mudo, minha garganta rouca vomita teu corpo de fogo...
Meu corpo adeja na água.
Agora não tenho e já não posso.
Uni versos, porque as palavras não me pertencem mais...
O meu grito é vertical, pra te alcançar no horizonte.
Afora a saudade, adentro em esperas...
nos meus olhos, uma fina garoa... sou abismo de desmemórias pra você verter em sangue...
...colha e se farte do fruto farto do desejo escolhido...
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