viernes, 3 de abril de 2009

Roube um lápis para mim!

Nesse êxtase pagão que vence a sorte, dou-te meu corpo prometido a morte...
Tenho uma efusão de palavras que se movem em demasia dentro de mim, a maioria não quer sair, não há um sentimento forte que possa exprimí-las, e é nessa imensidão que sinto uma angústia cada vez mais crescente e a cada dia que nasço, acho muito complicado colocar as palavras no mundo, e as vezes, por não haver mais gestos, eu me calo e enlouqueço diante da folha de papel em branco...
E é assim, nesse vai e vem como a sorte, como os beijos que vão de boca em boca, como as palavras que gritam trancadas, como as frases que anseiam por dizer, sentir, latejar o pensamento, não enlouquecer na noite fria, acalmar-se com o tempo que tudo nos dá ao mesmo tempo que tudo nos toma...
Eu suplico, que você venha, munido de respostas, com as suas costas largas, com o seu amor insano, com seus beijos que aterram e despertam o mais profano em mim...
Mas não se esqueça meu amor...
Antes de vir, antes de chegar, antes que o sol se ponha, antes que a luz se apague eu te rogo...
Roube um lápis para mim...

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