viernes, 29 de mayo de 2009

Não sou tão má como disseram por aí...

Andei pelos cantos...
Recostado igual cabo de vassoura.
Pisando em alfinetes nas madrugadas.
Esperando que alguém me faça um chá...
Ledo engano esse de esperar a paixão furtiva, se é furtiva ora, passará...ê saudade que dá e passa, como a dor, que assim, sem querer se instala em nosso peito.
Essa é mais amarga, sorrateira. Entra sem ter permissão, cava espaço, encosta no teu ego, conversa com ele e pouco a pouco te deprime, dizendo que você não é nada, que a vida é só isso mesmo...
Que os pássaros se chocam com as vidraças, que as coisas do banheiro saltam sem explicação plausível e renomada, assim como a confiança que a gente perde e nunca mais acha...
Por falar em coisas que se perdem, tenho sentido que me perdi de mim mesmo, por acaso se alguém encontrar "mim mesmo", avise-o que preciso ter um conversa muito séria com ele...
Fugidio como a luz cambaleante de uma vela ao vento e na escuridão ou rápido como a desilusão ou seria talvez a dor de ser enganado depois de pensar que encontrou o amor...
E assim a vida segue, os anos passam e você pensa que está fora de si, quando na verdade você nunca esteve em parte alguma...
Lembrei de um poema que diz: "Tenho medo de entrar dentro de mim e nunca mais me encontrar", Sabem de quem é, meu...
Pergunto: Se eu não entrar em mim, como caralho voador vou permitir que outros entrem?
Taí, solidão é algo de fato opcional, pode-se estar sozinho em um mar de rostos...
E a culpa de tudo isso é dela...
Minha melhor amiga que anda me traindo...
Enquanto a única coisa que vai passando a mão em mim é o tempo.
A minha MENTE tenta me convencer que ela não é tão má como disseram por aí...
Vai saber ou acreditar...
O certo é que ele vem pra todos...
Ele quem?
O tempo.
Que tudo cura, tudo destrói, tudo apaga, tudo dá e tudo tira...
Termino assim sem nexo, citando algo que li na última madrugada.
Que de fato me consome tempo e pra mim é o próprio tempo.
Eu olho a árvore e a árvore me olha, ela quer me dizer algo, me aproximo e encosto meu ouvido mouco no seu tronco envelhecido...
Ela diz:
"Eu sou a madeira do teu berço, a madeira da tua enxada, a madeira do teu cajado e serei a madeira do teu caixão"...

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