domingo, 20 de febrero de 2011

Quando a certeza me visita ou desfaça-se de sua parte que ainda pensa que ama ou ainda mais uma vez e sempre, não adianta mentir...

Iman Maleki (Teerão, 1976 - ) pintor iraniano.


E o que era pra ser não foi, nem será...
E assim termina o que nunca na verdade começou e o meu coração volta ao bolso de onde ele nunca deveria ter saído.

E eu nem sei o que sinto agora.

É como se mais nada fosse tão triste.

Ma Mémoire Sale

Lave
Ma mémoire sale dans ce fleuve de boue,
Du bout de ta langue nettoie moi partout,
Et ne laisse pas la moindre trace
De tout
Ce qui me lie et qui me lasse
Hélas!

Chasse,
Traque la en moi, ce n'est qu'en moi qu'elle vit,
Et lorsque tu la tiendras au bout de ton fusil,
N'écoute pas si elle t'implore,
Tu sais
Qu'elle doit mourir d'une deuxième mort
Alors,
Tue la... encore.

Pleure!
Je l'ai fait avant toi et ça ne sert à rien,
A quoi bon les sanglots inonder les coussins?
J'ai essayé, j'ai essayé
Mais j'ai
Le coeur sec et les yeux gonflés
Mais j'ai
Le coeur sec et les yeux gonflés

Alors brûle!
Brûle quand tu t'enlises dans mon grand lit de glace
Mon lit comme une banquise qui fond quand tu m'enlaces
Plus rien n'est triste
Plus rien n'est grave
Si j'ai...
Ton corps comme un torrent de lave
Ma mémoire sale dans son fleuve de boue
Lave!

Lave!
Ma mémoire sale dans ce fleuve de boue
Lave!
 
(Alex Beaupain)

miércoles, 9 de febrero de 2011

Devolva o Neruda que você me tomou e nunca leu...

Louis Garrel
Onde estás? Notei, para baixo,
entre gravata e coração, acima,
certa melancolia intercostal:
era que de repente estavas ausente.
Fez-me falta a luz de tua energia
e olhei devorando a esperança,
olhei o vazio que é sem ti uma casa,
não ficam senão trágicas janelas.
De puro taciturno o teto escuta
cair antigas chuvas desfolhadas,
plumas, o que a noite aprisionou:
e assim te espero como casa só
e voltarás a ver-me e habitar-me.
De outro modo me doem as janelas.
Neruda

miércoles, 26 de enero de 2011

Saio mais vazio do que entrei!!!


Gustave Caillebotte (Paris, 19 de Agosto de 1848 - Gennevilliers, 21 de Fevereiro de 1894)


Quando o coração insiste
Seja mais forte e persistente
Não amar torna a alma vazia
Amar faz a alma apodrecer
Descobri que o amor e a tristeza são irmãos
Andam juntos
A elaborar planos
A endoidecer a permissão
Exagerar nos sentimentos
Depois de tudo instalado
Quando tudo amanhece em você
Quando a noite torna-se quieta
Chega a espera
Entra então a tristeza
Em suas asas ela traz o abandono, o vazio e a dor
Te imobiliza
E tudo que você deseja é deixar de existir
Confesso: gosto da dor
Essa dor aguda que parece não ter fim
Se me perguntarem porque gosto da dor
Responderei sem hesitar: Prefiro sentir a dor que não sentir nada
E hoje como há muito suspeitava
Não tenho mais coração
E a cada vez que alguém se vai
Eu saio sempre mais vazio do que entrei.

miércoles, 19 de enero de 2011

Todo tempo que não tenho ou a lágrima que nunca seca!!!


"Para ver todo que se ha ido
Amor inexpugnable, amor huido!
No, no me des tu hueco,
Que ya va por el aire el mío
Ay de ti, ay de mí, de la brisa,
Para ver que todo se ha ido. 
(Federico Garcia Lorcar)

Tenho tido quase tudo, tempo que é o mais importante para inventar o que fazer, mas o meu tempo é o do pensar, vaguear, sentir que posso me afastar de mim estando eu sempre a esmo, no mesmo lugar onde me deixei ficar, atônito, opaco, sem viço algum, sem nenhum interesse por mim mesmo, apenas eu ali, num canto qualquer de mim mesmo, solto e ao mesmo tempo preso, as vezes soberbo, as vezes inerte, outras vezes lacrimejante. 

Assim, entro eu numa nova década de espera. "Espera", palavrinha presente e vaga, porque não sei por onde esparar a espera, não sei onde começar a procurar. É isso, como não sei o que busco, espero e, nessa espera de não se saber o que se espera e muito menos o que se busca, vou deixando de ser eu e cada vez mais longe de mim, me perco e perdido não posso voltar a mim e sem voltar a mim, não posso mais ser eu e não sendo eu, sou outro e não tenho gostado desse outro que agora sou, já que me perdi e não voltei mais a mim.

E agora? O que faço eu com esse outro? Devo deixá-lo ficar? Ou deixo que ele se perca como eu me perdi? Se ele se perder, virá um outro diferente? E se esse outro diferente que vier não for nada parecido com o primeiro eu que se perdeu e muito menos ainda, bem diferente do eu que agora sou, (me perdi), e que não ando a gostar. Não sei.

Tenho dias bem felizes dentro de mim, mas é uma felicidade presa, porque esse eu, na verdade esse constante de "eus" novos, mutam muito rápido e não consigo distinguir quando tenho um novo eu alegre ou um novo eu triste, assim, a felicidade fica presa em alguma parte, com receio de sair. Já a tristeza chega todas as noites e deita com esses "eus" que agora sou, enquanto o eu que creio está perdido vem em sonhos, esse eu traz consigo sua lembrança, adormeço serenamente como se estivesse em teus braços, mas chega o dia e um novo eu desperta.

Percebo com o tempo que tenho, com todas as noites vazias, que a cada dia sou um eu mais vazio de ti, e  não sei até quando viverei assim, um constante entrar e sair de mim como seu eu fosse muitos, quando creio não ser ninguém. Não tenho respostas, mas sendo vários como sou agora, acredito que te tenho inteiriço como nunca pude te ter. Então que seja assim, serei um novo eu a cada dia, e a cada noite volto a ser eu mesmo, e decreto a mim mesmo que eu possa ser tudo que queira ser, vento, chuva, tempestade, poeira esquecida, livro de poesias, o outro que você beija, água de rio, amanheceres, noite de lua, disco na vitrola, balanço de rede... Serei tudo isso para afastar o que quero ser nesse momento...

Sendo tudo que quero, chegará o momento em que não serei nada, não sendo nada, posso escolher um fim, serei árvore então, sendo árvore por um tempo, terei tempo pra pensar no que não fomos, desejarei  não mais sê-la, deixando de ser árvore, volto a ser outros, todos os outros menos eu, serei todos os outros que possuem tua boca, tua pele, teu corpo, serei sempre o outro e nunca eu mesmo, sendo outros serei sempre teu, mesmo que nunca voltes a mim e nunca mais outra vez e sempre sejas de volta meu, eu sei, diz um dos meus "eus": "eu e você nuca fomos nós".

Mas em meu peito há um pássaro de papel que sempre canta: "que el tiempo de los besos de amor no ha llegado"...

lunes, 17 de enero de 2011

Parar pra pensar, deitar no tapete e olhar o teto.



Esses dias vazios
Tenho você entranhado em mim
Penso em você todo o tempo
E com o tempo que sobra
Eu penso em você mais um pouco.

Todos os dias
Quando estou ao banho
Penso em você
E no chuveiro esqueço se lavei o cabelo

Então lavo o cabelo novamente
Sem saber ao certo se o lavei
Acontece que estou ficando sem champú.

(Verdades cotidianas I)

Antes que janeiro acabe!!!



É tão imenso o vazio de nós dois, que tudo em mim é nada
Trago janeiro na carne como se fosse dezembro
Coleciono novas palavras de mim para o outro
Tenho cadernos vazios e palavras desfeitas em versos tristes
Tudo em mim anda perdido como a vaga
E tua presença sempre a me perguntar o que me resta
E eu?
Ai de mim, sem resposta pra quem sou agora
Me vejo a vagar
E agora meu coração não tem lugar próprio
Não sou mais dono do meu coração
Sou todo coração
Em todas as partes palpito...

Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!

Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente…
Talvez sejas a alma, a alma doente
D’alguém que quis amar e nunca amou!

Toda a noite choraste… e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!

Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh’alma
Que chorasse perdida em tua voz!

Florbela Espanca

viernes, 31 de diciembre de 2010

Se não habito mais teu peito porque sempre entras em mim?

Lucas Cranach, 1472-1553,  Kronach, Alemanha.
Nos últimos momentos que antecedem
A tristeza
Sinto tua ausência em meu peito
Como uma faca fria
A lâmina entra em minha pele
Toda a dor do mundo
Está em mim
Te vejo ir sem me deixar
É quando vejo a tristeza devorando meus dias
Cravando a saudade em meu peito
Apagando tudo em mim
Até que nada mais eu seja.

Meu amor o que você faria se só te restasse esse dia?

Frederic Leighton, 3 dezembro de 1830 - 25 janeiro de 1896

Tudo que tenho
Um enorme tempo de ausência
Um quarto vazio
Uma porta trancada
Um olhar impaciente
E uma esperança morta
A porta jamais se abrirá
Você não voltará
Tenho tédio das horas
Vazias
Amargas
Sem ti
E mais uma vez
Como se eu fosse dezembro
Me torno cinzas
Sem tuas mãos
Sem teu corpo
Sem tua boca na minha
Não quero mais lágrimas
Nem fotos
Nem tua ausência
Nesse último momento
Abro a janela
E deixo que o vento me diga
Que mesmo sem você
Ainda posso ser eu.

jueves, 30 de diciembre de 2010

Quando muitos te olham mas você não vê ou ainda sinto saudade do teu corpo junto ao meu...



Quantas vezes eu te disse
Que só tenho um corpo e uma alma
Pra te oferecer
E tendo minha alma fugido de mim
Restou-me o corpo
O chão
Onde estou
Onde fiquei desde que você se foi
Não há noites que meus olhos não vertam
Tristes lamentos
Saudades que nem sei de onde me vem
Porta estreita
Corpo sem janelas
Teu olhar
Se hoje me perguto quem sou
Só ouço ecos da dor.

lunes, 27 de diciembre de 2010

Que eu não sinta mais o meu coração!!


A dor que arrasto dentro de mim anda maior que eu
Ando perdido e louco pelas ruas
Em todos os vãos vejo teu rosto
E todas as palavras soam teu nome
Tudo ao meu redor representa você
Minha alma adoeceu sem ti
Vi ela sair de mim e morrer
Agora meu corpo verga
E se você um dia voltar pra me procurar
Encontrará meu corpo no chão
No mesmo lugar onde você me deixou sem dizer adeus
No corpo, trago a mesma camisa com teu cheiro
E no coração, mil agulhas cravadas pra disfarçar a dor do peito.

jueves, 16 de diciembre de 2010

Sair de mim e ser o outro ou quando tento ser todos e nada sou.

Lucas Cranach, 1472-1553,  Kronach, Alemanha.
Tamanha tristeza anda em minha alma
Ouço seus passos dentro de mim
Ela passeia em minha pele
Observa por mim
Entra em meus sonhos
Uma angústia avassaladora me aterra
Ando perdido em mim mesmo
Sem saber me encontrar
Sem querer me encontrar
Tenho medo de entrar em mim mesmo
Ando sem mim
Vivo sem mim
Saio de mim pra ser o outro
Os outros
Todos
Menos eu
E nessa loucura que se apossa de mim
Tento ser tudo que sou e não sou nada
E nesses últimos momentos que antecedem a tristeza e a dor que habitam em mim
Te vejo passar
Eu não pude mais ser seu
E assim, sem poder ser
Me perdi
Agora vago sereno
Com os mesmos olhos
Que nada mais podem ver
A dor de não ter você é tamanha
Que hoje percebi
Nem sinto mais o meu coração.

miércoles, 15 de diciembre de 2010

Hoje sou o imenso anverso da sombra de minhas lágrimas!!!

Frederic Leighton, 3 dezembro de 1830 - 25 janeiro de 1896
O que fazer quando a escuridão se aproxima?
Deixar-se ir lentamente?
Sem você me sinto oco.
Frio.
Meu corpo verga e gira, dilacerado ainda se move na ânsia de encontrar tua boca.
E será assim: Estou morrendo de sede de você, mas não te quero mais na minha vida.
Cultivarei a dor e perseguirei o silêncio da noite.

martes, 14 de diciembre de 2010

Dá-me um copo d´água. Água com peixes e barcos!!!

Jean Delville "Misteriosa" 1892

Vejo a noite imensa sobre mim
O vazio que sinto é como a imensidão
Eu só tenho um corpo e uma alma pra te oferecer
E isso não basta
Eu vejo as noites nuas
Carrego versos perdidos
Trago em meu peito largo uma dor de abandono
Me olho sem me vê
Tenho desertos dentro de mim
Meus olhos vergam
Só vejo flores mortas
Janelas vazias
Portas que não se abrem
Pergunto ao tempo
Quando há de cessar tamanha dor
"Yo hice lo que pude
te amé como sabia
y al final de todo
tú amor yo no tenía"...
Fico aqui
Eu e a noite escura
Imaginando quão tardio chegará o fim
Não possuo sonhos
Minha mente vagueia
Tenho sede
E não tenho mais teu amor
Me resta teu retrato
Tua ausência
E uma dor que anda presa a mim.

jueves, 9 de diciembre de 2010

Mil asas de borboletas mortas cobrem meu leito!!!


Tudo que há em mim está abandonado e por não esperar a certeza do nada, adormeço todos os dias sem você e a cada despertar, todo o vazio do mundo entra em mim.

E é sempre assim, quanto mais eu quero te esquecer, mais a tua presença anda presa a mim.

Eu verto
Lágrima molhada e sofrida
Prisão de mim mesmo
Janelas fechadas
Estranho mundo cultivado
Sem teu eu em mim
Se te ser
É vão
Eu vejo as horas
Sinto o silêncio a escutar
Passos da dor
Se ter ter
É tortura
Que minha pele
Seja tua
Se te ser e te ter
Deixo de ser eu pra me encontrar no outro
Que o outro seja eu
E que eu seja a boca que você escolheu pra derramar seus beijos
A minha dor?
"A minha dor não fala, anda sozinha, dissesse ela o que sente ai quem me dera"...
Caminho
Perdido de mim
Se você me encontrar, por favor, devolva-me...

jueves, 2 de diciembre de 2010

Je sais que j´ai besoin de toi, mais tu ne le sauras jamais!!!



"Quando você me deixou meu bem, não me disse pra eu ser feliz e passar bem"...

Eu
Raso
Sem conexão de mim mesmo.

Lágrima
Vertida sobre a pele abandonada.

Boca sem beijos
Silêncios interrompidos
Saudades que nem sei.

E hoje mais que o próprio ar, "a minha dor não fala, anda sozinha, dissesse ela o que sente, ai quem me dera"...

Decidi.
Vai ser assim.

Eu sei que eu preciso de você, mais você jamais saberá.

Hoje não consigo me expressar:
Vou quebrar o soneto de Florbela.

Saudades! Sim... Talvez... e porque não?... Se o nosso sonho foi tão alto e forte. Que bem pensara vê-lo até à morte. Deslumbrar-me de luz o coração! Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão! Que tudo isso, Amor, nos não importe. Se ele deixou beleza que conforte. Deve-nos ser sagrado como o pão! Quantas vezes, Amor, já te esqueci, Para mais doidamente me lembrar, Mais doidamente me lembrar de ti! E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar. Mais a saudade andasse presa a mim!
O mundo precisa saber, meu mundo precisa saber.
VOCÊ DÓI EM MIM...

martes, 30 de noviembre de 2010

Se eu soubesse ser o outro eu seria eu mesmo te amando outra vez!!!

Le temps que reste


Caminho
Passos pesados
Tua presença serenizada
Percalços
Fatos
Fotos
Teu cheiro.

Inquietude
Água
Vazio em mim
Sede
Desertos.

Livros
Poeira
Esquecimento
Tristezas incontidas
Tua boca.

E devo eu despertar todo dia para um sol sem você?
E orvalhar os olhos?
E galopar no vão do pensamento?
E imaginar que tua boca beija outra boca?

Sinto
Medo.

Prefiro as noites de chuva
O aconchego do teu peito que não tenho.

Queria ser o outro...
Sendo o outro, eu seria eu mesmo.

Sendo eu mesmo.
Te amaria outra vez...

domingo, 28 de noviembre de 2010

"Jodido pero contento"



Porque me haces mucho daño
Porque me cuentas mil mentiras
Y porque sabes que te veo
Tú a los ojos no me miras
Y porque nunca quieres nada
Que a ti te comprometa
Yo te voy a dar la espalda
Para que alcances bien tu meta
Que yo me voy porque mi mundo me está llamando
Voy a marcharme deprisa
Que aunque tu ya no me quieras a mí me quiere la vida
Yo me voy de aquí
Jodido pero contento
Tu me has doblado pero yo aguanto
Dolido pero despierto
Por mi futuro
Con miedo pero con fuerza
Yo no te culpo ni te maldigo
Cariño mío
Jodido pero contento
Yo llevo dentro una esperanza
Dolida pero despierta
Pá mi futuro
Con miedo pero con fuerza
Que a partir de ahora y hasta que muera
Mi mundo es mío
Con tormento y sin dolores
Yo voy haciendo camino
Y que la brisa marinera
Me oriente hacia mi destino
Así es que me voy bajando
Pa la orillita de puerto
Y el primer barco que pase que me lleve mar adentro
Y en este planeta mío
Ese en que tu gobernabas
Yo ya he clavado mi bandera
Tu no me clavas mas nada
Déjame vivir a mi
Jodido por contento
¿Tonto, todo en la vida se paga?

Concha Buika

miércoles, 24 de noviembre de 2010

 "Ele se debateria ao longo de toda a vida entre a necessidade de pertencer e a tenaz insistência em manter-se à parte".

sábado, 20 de noviembre de 2010

Se te fosse concedido um único desejo: Eu desejaria desviver todos os dias que vivi sem ti


Tenho ódio a essa imensa claridade
Cansado de um regresso
Impossível
A minha dor aumenta a cada anoitecer
E meu universo torna-se dolorosamente incompreendido
Odeio as horas
Odeio meus cabelos brancos
Odeio envelhecer sem você
E por odiar tanto
Sinto que perco alguns sentimentos
Quem fechou a porta sem dizer adeus?
E o que sobrou de você em mim?

Noites vazias
Coração angustiado
E quando se faz silêncio
Louco eu, como estou
Ouço tua voz

E quando louco sou
E tua voz não vem
Vejo entrar o dia pela prisioneira janela de meu quarto
E hoje?
Como faço pra te perder pra sempre?

E se te concedessem um único desejo?

Eu?

Pediria pra desviver todos os dias que vivi sem você.

Perseguirei o silêncio!!!

Silêncio...

I e último ato!
Quando você sai de mim e eu não te deixo mais entrar.