sábado, 19 de diciembre de 2009

Cartas de Sanha e Sofrimento: N. 3

Hoje a realidade bateu em minha porta.
Trancado estava e trancado permaneci.

Lembro de ver você chegar, se aproximar, sorrir, apertar minha mão e cantar pra mim.

Sonho?
Talvez sim e porque não.

Realidade?
Não sei. Sigo inerte.
Rubro pingente do amor perdido.

Sucumbo no próprio universo de meu eu...
Sem saber se sou...
E sem saber, fico, não sei até quando...

Acreditando que meu sangue errou de veia e se perdeu...

Ou que talvez de fato o amor fuja de mim.

Ou...

Fica imerso no abismo de nós dois que é sempre meu...

Agora preciso ir...

Trancar-me-ei no porão que construí com tua ausência...

E rogo ao senhor do esquecimento que apague de minha memória esse dia...

Não posso mais chorar.

Se chegue tristeza...

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