domingo, 10 de octubre de 2010

Cinzas de dezembro n.º 1

Parida em 2006 em Granada Espanha, sofrida, gelada, pero no mucho...



Eu descobri
Que sou um colecionador
De dezembros gelados
Um homem sem luz
E sem casa
Vivo desesperado
E embriagado
De recordações
Abatido pelas águas
Que brotam de meus olhos
Toda madrugada
Sempre me sinto triste
E penso que cheguei ao fim
Sinto que meus passos
Tornaram-se pesados
Quisera eu às vezes
Dominar o vento
Que invade o meu coração
E acabar com a imensa solidão
Que habita meu peito
Sem teu amor
Me sinto vazio e frio
É sempre inverno
No fundo de meu coração
E como se eu fosse dezembro
Me torno cinzas
E sei que um dia hás de sentir
Meu corpo
Mesmo sem vida
Junto ao teu

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