sábado, 9 de octubre de 2010

Vela: O dadaismo me corroeu então souviens-toi!!!

"Te he visto pasar indiferentemente y ni una emoción se apoderó de mi, más nunca jamás perdonaré tu ausencia, tu cruel indiferencia y quiero que tu sepas que has muerto para mi" (Lecuona)




Se aproxima novembro
Como uma praga vaga e inerte
Como um beijo de marinheiro
Eu te peço uma palavra
E você me dá o silêncio
Meu coração mudo e parco de sentimentos
Não sonha mais e isso é tão triste como cadeira vazia
Nenhum vento sopra mais em meu peito aberto
Eu quero te dizer:
Amor
Você dói em mim
Sempre entre quatro paredes
E por isso, não vejo nunca ninguém
A primeira vez que você me disse adeus era novembro
De onde vinha todo aquele amor?
Agora chegas vestido como um vendedor de água que cai sobre meus olhos
Sobre você e não sobre mim, é lágrima
Lembro que no ônibus você passou a mão em meus cabelos
E na rádio tocava "total eclipse of the heart"
Nesse dia não houve morte, só nebrina e mais cadeiras vazias
Mas eu via que seus olhos começavam a ficar escuros
Era terrível estar sozinho no meio da rua
Nós queríamos que nos amássemos
Nos olhávamos, mas nunca éramos um, sempre fomos dois
Nem quando olhamos o mar você foi leal
Fala-me de teus olhos, conta-me tuas feridas abertas
E se fez outra vez silêncio
Porque você nunca voltava e era tarde e eu te esperava
Assim nunca poderíamos ser você e eu em um
Volta
Vem ver o que fez o teu amor
Me faço morrer a cada instante
Hoje te escrevo outra vez
As ambulâncias que me levam ultrapassam todos os semáforos
É hoje
Não te quero mais
Não te quero ver mais
Não te quero ter mais
Sai de dentro de mim
E me olha, eu serei torpe
Para você, que tudo sabe e nada entende, nada compreendeu
Alguma vez, mesma que pareça um sonho, voce me amou?
Lembre-se de sua dor, ainda posso ouvir seus gritos
Quem virá para me dizer que você nunca mais voltará?
E que levou todos os meus discos
Fiquei apenas com um cigarro não fumado a ouvir "tocata e fuga"
INTERMITENTEMENTE
Você confudiu a liberdade com aventura
Nunca quis sua fidelidade
Esperei sua lealdade
E não vi nenhum sentimento além de você
Meus lábios se calarão
Agora me encontro em outro que não sou eu
Uma triste razão que me fazia forte
Não mais a encontro
Talvez algum dia
Em algum ano
Talvez 2654
Nos citem
Não hoje, mais em um tempo diferente
Hoje eu apenas te faço uma pergunta
Você sabe quem me matou?

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